quarta-feira, março 02, 2005

 

And the oscar goes...

Esta crónica de Eduardo Madeira, lia hoje e achei-a hilária, já está um pouquito fora do contexto pois, os Óscares já foram a alguns dias atrás, mas os filmes vencedores esse ainda estão dentro do prazo.


Ontem foi noite de Óscares. Um desfile de luxo, opulência e beleza. É nesta noite que América dá a si própria galardões para os melhores filmes do ano e o resto do mundo olha com muita atenção para as estrelas e fica fascinado e de sorriso nos lábios a pensar: Eles têm os dentes tão brancos.
Confesso que me vai faltando a paciência para ver a cerimónia. Leio no jornal quem ganhou os Óscares e se há alguma piada melhorzita (ou seja, menos bafienta), tenho a certeza de que alguém ma conta depois. E é tudo.
No entanto, há um ditado que é, olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço. Vai daí, lembrei-me de atribuir Óscares. E vai daí, aqui estão os resultados. Sem cerimônia e com umas piaditas pelo meio (sem bafio porque são de ontem).
Melhor Realizador – J. Sampaio com o filme, “Sinais”. Uma obra-prima da sétima arte em que o presidente percebe os sinais de desespero que o seu povo lhe envia e demite o governo.
Melhor Filme – “Fuga para a Vitória”, um filme que estreia hoje à noite. Nele se pode ver o duelo entre duas equipas, que sabem perfeitamente que a que ganhar pode embalar para o título. Com o veterano actor G. Trapatoni no papel de “Lo Irrascibile”.
Melhor Actor – Paulo Portas no drama “Don’t Cry For me Largo do Caldas”. A nação popular de Paulo dobra-se perante as suas lágrimas, a sua história, a sua tragédia. Um desempenho brutal de Portas. Só chorei assim no “Campeão”.
Melhor Actriz – Lili Caneças. Depois do magnífico desempenho no filme Herman Sic em que se finge zangada com o “mestre”, eis que regressa num grande desempenho em “O Rei Leão IV”. Um filme em que ela representa o papel de uma senhora que nunca partilharia uma quinta com o rei da pornografia Sá Leão. Um papelão. Além disso, Lili, apesar da idade, parece ter menos uns... vá lá, dois anos.
Melhor Argumento Original – “A Fuga das Galinhas”. Esta é a história de um primeiro ministro que se assustou e fugiu de um pântano. Depois veio outro que fugiu para ir à procura dos ovos de ouro na Europa. Por fim, temos um presidente de câmara que foge para tentar vôos mais altos no governo, mas tal como qualquer galinha, não consegue voar muito alto. Uma grande história que prova que a imaginação e a ficção não têm limites.
Melhor Argumento adaptado – “O Mundo a Seus Pés”. Um político que sem perceber como, de um dia para o outro tem o mundo a seus pés. Uma grande história que é adaptada por António Vitorino, assim como tudo o que o tal político diz. Pelo menos essa é a suspeita ao ver o filme.
Melhores Efeitos Especiais – Vai para o cirurgião plástico de Betty Grafstein. Consta que é o mesmo que trabalhou em Jurasic Park. Um homem habituado a fazer milagres com dinossauros, portanto.
Melhor Filme Estrangeiro – É para o filme “Um Lobisomem Americano em Londres”. Um filme baseado em factos verídicos, com George W. Bush (que ganhou também o premio Razzie para o pior actor do ano pelo seu desempenho de presidente americano no documentário Farenheit 9/11), Jaques Chirac, ou Tony Blair.
Óscar de Carreira – Para João Paulo II. Sem dúvida um grande senhor. Brad Pitt ou Tom Cruise com a idade que têm exigiriam duplos a toda a hora se sofressem de metade das maleitas que João Paulo sofre. Mas ele, qual Lee Marvin da fé, levanta-se sempre e acena à janela. Já não se fazem homens assim.

Eduardo Madeira




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