sexta-feira, maio 27, 2005

 

Espécies invasoras

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Todos os meses, aguardo com ansiedade a chegada da National Geographic para viajar pela biologia, geologia, história ou ecologia. Desta vez, um artigo chamou-me a atenção: “espécies invasoras” (Março). Assustei-me com o título, esperei enganar-me em relação à expectativa negativa que transportava, apressei-me a ler o conteúdo, e quando acabei, senti um vazio e incompreensão face ao seu propósito e relevância. Reli tudo de novo, não fosse ter deixado escapar alguma mensagem subtil… mas não. Afinal, a ideia chave não estava patente. A ideia de que o homem é a principal espécie invasora do planeta, consumindo e destruindo a maioria dos recursos naturais essenciais é pouco clara e relevante nas vossas páginas. Lembro-me sempre de uma visita de estudo que fiz na faculdade, na qual o professor se referiu ao “chorão” como uma espécie invasora das dunas. Imediatamente, vários colegas desataram a pisar, arrancar e despedaçar aquelas plantas, deixando um rasto de destruição inacreditável. E é isso que me assusta: o que farão as pessoas como eles a estas criaturas referidas como invasoras? Porque têm de ser elas – sempre elas – a pagar pelo erro do predador principal? Qual foi o real objectivo do artigo? Qual a sua relevância ambiental? Quem vai sofrer com as más interpretações feitas? Não aprendi nada de novo e não houve “moral” na história! Concordo com as chamadas de atenção e com o desenvolvimento de atitudes controladoras destes seres vivos. Mas não podemos esquecer tantos exemplos e tentativas de “limpar o que está a mais” que tiveram resultados bem mais devastadores.
Teresa Isabel Loureiro




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