segunda-feira, setembro 26, 2005

 

Cinema again

Ao contrário doutras artes, no cinema os elevados custos de realização, quer em termos de equipamento técnico quer no que toca ao capital humano, obrigam a estratégias económicas de investimento avultadas que não abdicam do conceito de rendibilidade. A questão que se coloca é determinar em que medida esta engenharia financeira condiciona a sua afirmação como expressão artística. Obviamente que a integração de visões marginais mais ousadas, é fundamental para assegurar a qualidade das produções cinematográficas estrategicamente universalistas. E neste aspecto, são relevantes os contributos que as produções europeias e as produções do cinema independente americano têm dado. Eu sou a favor da democratização da cultura, e penso que a forma mais adequada de o fazer é precisamente trazer para o interior dos grandes estúdios de produção, de abrangência universal, o talento e a competência daqueles que procuram quebrar as fórmulas estabelecidas, para depois fazer chegar ao grande público as suas visões, ainda que esta integração seja, naturalmente, objecto de cedências.




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