domingo, fevereiro 19, 2006

 

Olá em americanês

Amigos, consegui chegar sã e salva às "Américas".
O meu itinerário foi o seguinte: Terceira/Lisboa/Londres/Filadélfia/State College, isto trocado por miúdos dá qualquer coisa como 19 horas de viagem.
No Aeroporto das Lajes, apesar das minhas malas estarem pesadíssimas (uma com 31 kg e outra com 44 kg) tive muita sorte pois não paguei o excesso de peso.
Depois, no Aeroporto da Portela, é que foi o bom e o bonito! Dirigi-me ao balcão da British Airways para fazer o check-in. Dei a passagem e o passaporte à menina do check-in e coloquei as malas na passadeira. Estava consciente de que a minha bagagem tinha peso a mais e que iria pagá-lo, portanto não havia nada a temer. Qual não é o meu espanto quando a menina diz “A sua bagagem tem excesso de peso. A British Airways só permite até 32 kg em cada mala. Portanto, terá de abrir as suas malas e retirar algumas coisas.”. Eu devo ter ficado verde, amarela, azul, às riscas, sei lá. E teve mesmo de ser, não havia outra hipótese. (Estão a imaginar-me em pleno hall de check-in com 1 mala tamanho XXL aberta?) E consegui a muito custo deixar alguns quilos atrás. Depois, veio a hora da despedida. A minha maninha Sara veio de Évora para se despedir de mim e posso dizer que por pouco não houve um verdadeiro dilúvio.
A viagem até Londres pareceu rápida, não me custou nada passar 3 horas sem fumar. Em Londres, perdi mais de 1h a passar por seguranças e a mudar de terminal, e aí sim estava deserta para fumar 1 cigarro (já tinham passado 4-5h do último cigarro). Quando finalmente cheguei à porta de embarque para Filadélfia, procurei uma zona de fumadores, acendi um cigarro e logo a seguir ouvi chamarem “Miss Menezes”. Só me apetecia gritar! Lá tive que embarcar.
A viagem até Filadélfia parecia não ter fim. Quando cheguei, dirigi-me para o terminal dos voos domésticos e já só sonhava com um cigarrinho. Já no terminal fartei-me de procurar uma zona de fumadores, como não encontrava decidi perguntar. E surpresa! Era proibido fumar. E só para piorar mais um bocadinho, para sair do terminal teria de percorrê-lo todo, passar pelos raios X e aí sim poderia sair. E para voltar a entrar teria que fazer o caminho inverso pela rua acompanhada pelos -7 °C que se faziam sentir. Aí decidi que a dependência não podia ser assim tão forte e decidi ficar por ali as 2 horas que ainda me restavam de espera pelo voo de ligação.
A viagem para State College nem demorou 1 hora. E, finalmente cheguei à “minha casa nos próximos 6 meses”! Fumei 2 cigarros de enfiada, enquanto descobria aquele novo mundo tão americano, tão pouco acolhedor, tão sem sal.




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