sexta-feira, março 03, 2006

 

A violência continua

Democracia é uma forma de governo em que é o Povo que decide, as questões são decididas em função da vontade da maioria. O Governos age segundo a vontade expressa dos cidadãos. Mas, se o Povo sofre e não se queixa, é atormentado e não reclama, é roubado e suporta calado, as coisas não mudam. Quando a maioria silenciosa, silenciosa se queda, fica tudo na mesma. Este conjunto de verdades, à Monsieur La Palisse e repetitivas, surge a propósito da maré sempre crescente, de roubos nesta Ilha Terceira, não se sabe se ainda de Jesus Cristo.

Imagine-se a angústia de uma jovem Mãe ao acordar às tantas da manhã com as luzes da casa acesas, quartos revirados, carteiras desaparecidas e a luz do quarto do filho de menos de um ano, acesa! Imagine-se uma senhora com mais de 70 anos, com o marido sofrendo de uma doença terminal, a acordar sobressaltada com a luz de um foco a inspeccionar-lhe a casa!

Não resolve nada falar mal da Policia nem dos Juízes, eles trabalham com as ferramentas que lhes deram, que obviamente não chegam para nos proteger desta bandilhagem, que anda à solta e impune por aí. Não se dignifica a Policia atribuindo-lhe mais funções, quando já não chega para as que já lhe estão atribuídas. Como pode a Policia fazer alguma coisa com princípio, meio e fim, se não tem homens, armas que prestem e vive com outros equipamentos que parecem vir da época do Sherlock Holmes? Não é digno, não é motivador, não puxa pelo brio trabalhar assim. Nada disto confere a autoridade necessária ao bom desempenho da função de defensor da liberdade e tranquilidade daqueles que, pagando os seus impostos, a elas têm direito. É preciso fazer pressão para alterar estas leis anacrónicas, desadaptadas aos tempos que correm e que já não nos protegem.

Não podemos aceitar ser vítimas sem direitos, escravos, enquanto à solta andam aqueles que não merecem, pelo seu comportamento, viver connosco em liberdade. Não podemos continuar a pagar o vício da droga, nem as manias de quem quer viver acima das suas posses. Não se conforme, não se resigne, não transija, faça uso do seu direito à indignação, irrite-se, barafuste e insista. Escreva, telefone, peça audiências: ao MR, ao Presidente do GR, ao Ministro da Justiça, ao Provedor de Justiça. Use os jornais, as rádios, a televisão, faça pressão, faça-se ouvir.

Adaptado de um texto de Paulo Caetano Ferreira




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