terça-feira, abril 17, 2007

 

Just for fun


 

Fricções

Não me esqueci do blog por muito que possa parecer, mas tive que focalizar a minha atenção e energia em situações diferentes que foram aparecendo nestes trilhos sinuosos de que são feitos alguns periodos da nossa vida. Deixei esse lugar encantado e mágico Açores (confesso que de vez em quando o arrependimento ocupou-me os pensamentos) e tive que start all over again e ainda estou nesta fase complicada. Complicada porque ainda não encontrei o meu lugar ou se calhar até o encontrei , mas não o sinto como meu, são aquelas dúvidas que me invadem, será que estou no caminho certo? Mas existe algum? Será que fazemos parte de algo transcedental e que nos ultrapassa ou...? Uma vez disseram-me que é bom ter dúvidas, percebi a mensagem dada, a prepotência e a pressunção podem entrar em cena quando as dúvidas não existem em absoluto ou quando não se ponderam as coisas, quando ponderamos de certa maneira dúvidamos. Como Bernand Shaw uma vez disse "a vida é como uma pedra de amolar: ou nos desgasta ou nos afia conforme o metal de que somos feitos" é certo que a fricção necessária quer para nos desgastar ou afiar é a mesma, é daqueles paradoxos de que a vida está cheia, reside em nós saber direccionar e perceber os acontecimentos friccionais por forma a que sejamos afiados. É desta perspectiva que tento encarar a vida, as dificuldades são a melhor maneira de aprender e o que adquirimos desta forma tem um sabor bem mais doce, é certo também que muitas vezes é um estado passageiro pois outra fricção toma lugar, mas that's life um ciclo de ínicios e fins.

segunda-feira, abril 16, 2007

 

Efeitos colaterais da novela….

A novela referente às habilitações académicas do ex-Eng. José Socarates, que tem animado a comunicação social portuguesa, sinceramente interessa-me muito pouco. Ao contrário os efeitos colaterais que se tem vindo a sentir no desenrolar da novela, esses sim, como docente do ensino superior, preocupam-me particularmente. Já há algum tempo, que venho tendo a sensação de que estou a bordo dum barco sem rumo, mas agora tenho a certeza de que este barco mais dia, menos dia naufraga.

1. Se não fosse a escandaleira envolvendo o PM, o ministério de Mariano Gago nunca teria vasculhado os podres da Independente, logo, conclui-se, que podem existir em Portugal, muitas universidades como a Independente, a funcionar impunemente.

2. O PM durante a entrevista em que veio a público explicar-se sobre o seu currículo académico, diz que quando entrou para a universidade Independente não pode apresentar o certificado das cadeiras feitas no ISEL porque os professores não tinham lançado as notas, o que o PM adiantou ser uma prática normal nas nossas universidades. Tendo em atenção que o tal certificado só foi entregue 1 ano depois, podemos concluir que o nosso PM considera normal que os professores do ensino superior em Portugal levem 1 ano a lançar as notas dos alunos. Isto é uma vergonha, para não chamar outra coisa.

3. As palavras-chave do discurso do nosso PM, “choque tecnológico” e “rigor”, ficaram de vez reduzidas as chavões.


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