quarta-feira, setembro 28, 2005
And U?
segunda-feira, setembro 26, 2005
Cinema again
Ao contrário doutras artes, no cinema os elevados custos de realização, quer em termos de equipamento técnico quer no que toca ao capital humano, obrigam a estratégias económicas de investimento avultadas que não abdicam do conceito de rendibilidade. A questão que se coloca é determinar em que medida esta engenharia financeira condiciona a sua afirmação como expressão artística. Obviamente que a integração de visões marginais mais ousadas, é fundamental para assegurar a qualidade das produções cinematográficas estrategicamente universalistas. E neste aspecto, são relevantes os contributos que as produções europeias e as produções do cinema independente americano têm dado. Eu sou a favor da democratização da cultura, e penso que a forma mais adequada de o fazer é precisamente trazer para o interior dos grandes estúdios de produção, de abrangência universal, o talento e a competência daqueles que procuram quebrar as fórmulas estabelecidas, para depois fazer chegar ao grande público as suas visões, ainda que esta integração seja, naturalmente, objecto de cedências.
sexta-feira, setembro 23, 2005
E chegou o Outono...
Gosto do sol de Outono. Gosto do friozinho gostoso que o Outono trás consigo. Gosto da "metamorfose" de cores que as folhas experimentam no Outono. Gosto das folhas caídas. Gosto do cheiro a castanhas acabadinhas de assar. Gosto do fresco das manhãs, do calor das tardes e do frio das noites. Gosto do Outono.
quarta-feira, setembro 21, 2005
A tortilha virou....
Há dias num jantar em casa de amigos, estávamos numa animada discussão e a determinada altura surge uma temática recorrente “os traumas do relacionamento mãe/filho”. A este respeito o Eduardo, que é docente na área da “saúde mental”, afirma que por muito que se diga Freud continua muito actual. Nesse momento percebi porque é que sempre achei a teoria Freudiana muito reducionista, pois não considera que existam mulheres que sem qualquer vocação para a maternidade acabem, mais cedo ou mais tarde, sendo mães. E porquê? A divisão simbólica do feminino entre a geradora do pecado original (Eva) e a virgem imaculada (Maria), provocou uma profunda fractura no inconsciente colectivo, a qual se reflecte até hoje. Ou seja, a mulher só deixa de representar o papel da pecadora ao assumir, pela maternidade, o arquétipo de Maria.
terça-feira, setembro 20, 2005
Não resisti...
Numa manhã ensolarada , em Ponta Delgada, um turista comenta:
- Que manhã bonita!
- Um micaelense que passava e ouviu, comenta:
- obrigado, nós fazemos o melhor que podemos.
segunda-feira, setembro 19, 2005
O cinema
É recorrente a ideia de que o aparecimento da televisão, do vídeo e dos DVDs afectaram de forma negativa a vivência social do cinema, uma vez que a associação implícita cinema/sala de cinema deixou de existir. No entanto, neste tipo de análise temos que distinguir os grandes centros urbanos do meio rural. Por exemplo, na minha adolescência a decadência do Teatro Faialense já não era só estrutural (o banquinho que pau e o camarote com pulga), mas tornou-se essencialmente funcional, ou seja, as exibições alternavam entre o filme de acção “chunga” e a versão “sucursal do Olímpia”. E portanto, o único cinema que restava era o filme semanal da RTP-a. Quanto à principal função do cinema não me parece que esta se tenha alterado substancialmente, que é a de satisfazer uma série de anseios de dimensão eminentemente popular, nomeadamente de justiça (o bem vence o mal), de instintos básicos (como a violência) e finalmente como fonte inesgotável de fantasia fundamental à sobrevivência num quotidiano entediante. Obviamente, a nossa visão do mundo é em maior ou menor escala influenciada pelos valores estéticos, éticos e mesmo políticos veiculados pelo cinema, que funcionam como modelos de identificação e projecção do espectador. A indústria cinematográfica, muito em particular a de Hollywood, cria estereótipos de perfeição que se por um lado são importantes, pois todos nós precisamos de musas inspiradoras, heróis e de histórias de encantar, esta deturpação da realidade pode ter efeitos perversos. Por exemplo, no que se refere ao conceito estético de beleza as consequências estão à vista: anorexias, bulimias, banalização da cirurgia estética e suas consequências. Quanto às histórias de encantar, criámos o mito das relações perfeitas, sem fazer a pequena ressalva de que quando a princesa beija o sapo este não se transforma em príncipe, ela é que, na maioria das vezes, vira “sapa”.
sábado, setembro 17, 2005
Dá que pensar...
quinta-feira, setembro 15, 2005
Decadência ou “vintage”
Um homem entra numa biblioteca
Há que dar o exemplo
quarta-feira, setembro 14, 2005
Somos predestinados, ou somos livres?
Quando não estamos sintonizados com a nossa vida interior, as coisas que nos acontecem são vistas como “destino”, parece que não temos nenhuma responsabilidade sobre elas. No entanto, quando estamos conscientemente em contacto com o nosso íntimo, os eventos são vistos como oportunidades de crescimento, como provas necessárias para adquirir sabedoria e desenvolver virtudes espirituais, assumindo, assim, que sem a experiência no mundo material, não haveria evolução espiritual. Carl G. Jung
Durante estas férias foram recorrentes as conversas sobre destino, livre arbítrio e coincidências. Para muitas das pessoas que fazem parte do meu universo a vida é apenas um somatório de várias situações que acontecem de forma aleatória. Eu acredito que pelo contrário existe uma lógica global que rege os acontecimentos, pelo que somos predestinados e livres ao mesmo tempo.